A primeira edição da Prado com 500 exemplares numerados!
O Caso do Cadáver Esquisito é um livro escrito a 24 mãos (11 escritores e 1 designer) que relata o caso de um detective português que encontra numa série de crimes peculiares – e nas misteriosas inscrições gravadas nos corpos das vítimas – a razão de ser da sua natureza: de poeta… e de assassino.
Uma novela policial edificada sobre os pilares da fórmula surrealista cadavre exquis, reunindo debaixo ou dentro da mesma capa o contributo de alguns dos mais promissores e mais curiosos/esquisitos autores da língua portuguesa da actualidade. A Prado marca o início do seu projecto editorial, com o lançamento desta edição numerada de O Caso do Cadáver Esquisito, em Maio de 2011.
Um projecto que pretende continuar, alargando as fronteiras e as liberdades da palavra escrita.
Autores: Afonso Cruz, Jacinto Lucas Pires, Joana Bértholo, Luís Caminha, Maria João Lima (grafismo), Miguel Castro Caldas, Ondjaki, Patrícia Portela, Paulo Condessa, Pedro Medina Ribeiro, Rita Taborda Duarte, Sandro William Junqueira
Edição e produção Prado: Isabel Garcez, Helena Serra, Patrícia Portela e Pedro Pires.
Imprensa / recensões
“O que atrai neste conto é diversidade de estilos e a forma como, apesar das diferenças, se conjugam harmoniosamente. Embora escrito a 22 mãos, há nesta história todos os ciclos que uma narrativa deste género reclama.” (…) “o surrealismo não morreu (…) tese (de Cesarinny) que este conto em forma de cadavres-exquis (…) vem confirmar.
Luís Ricardo Duarte | Suplemento i
(…)“Talvez pela estrutura, não há momentos parados no livro” (…) “e os autores, na sua maioria, são engenhosos na forma como terminam os capítulos” (…)
Ana Dias Ferreira | TimeOut Lisboa
(…) “Em 2011, foi publicado uma espécie de romance –manifesto escrito por onze escritores (ilustrada pela designer Maria João Lima) da faixa etária entre os 25 e os 35 anos, sob a iniciativa da Associação Cultural Prado (Patrícia Portela, Isabel Garcez, Helena Serra), a novela policial O Caso do Cadáver Esquisito (alusão à técnica de construção literária surrealista «cadavre -exquis»), constituída por onze capítulos, cada um escrito por um dos escritores participantes: Patrícia Portela, Afonso Cruz, Joana Bértholo, Miguel Castro Caldas, Rita Taborda Duarte, Sandro William Junqueira, Pedro Medina Ribeiro, Paulo Condessa, Luís Caminha, Jacinto Lucas Pires, Ondjaki. (…)
Em conclusão (…) o coração do novíssimo romance português, de certo modo representado na composição lúdica e cosmopolita do romance colectivo O Caso do Cadáver Esquisito, não se revê já no cânone do romance português criado nas décadas de 60 e 70, que privilegia a construção formal e concetual da narrativa e a intelectualização da história face à ludicidade narrativa, isto é, face a um novo mundo literário ostentado como jogo lúdico de consciências individuais, por vezes caprichosas e irracionais (Patrícia Portela), por vezes espelho amplificado de um inconsciente lógico/ilógico reitor do mundo (Gonçalo M. Tavares), ambos, bem como todos os restantes novíssimos escritores, confessando a impossibilidade de relação transparente entre a palavra e a realidade.
Esperemos uma década para sabermos se os autores privilegiados pelo cânone vigente não serão minimizados face ao novo cânone emergente, anunciado emblematicamente por O Caso do Cadáver Esquisito. (…)”
Miguel Real in O Romance Português Contemporâneo 1950-2010, Editorial Caminho, 2012